Blog Sidney Gavin
Finalidade : compartilhar crônicas, textos, poesias, poemas, imagens e videos.
sábado, 14 de julho de 2018
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
segunda-feira, 31 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
"Eu te amei desde o momento em que te
vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra.
Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma
existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter
neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade."
José de Alencar
José de Alencar
segunda-feira, 10 de março de 2014
O SONHO!
Esta noite eu tive um sonho diferente, sonhei que estava em
um grande bosque e caminhava por uma pradaria verde sem fim, cada passo que eu
dava encontrava uma árvore enorme com um retrato de uma pessoa que já havia
passado pela minha vida...No início foi difícil lembrar de alguns rostos, eram
pessoas que haviam participado da minha infância e que eu não tinha notícias há
muitos anos.
Porém como num velho filme, as imagens iam passando diante
de meus olhos conforme eu me aproximava de cada árvore. Fui percebendo que
conforme eu avançava, as pessoas iam mudando de acordo com a minha idade, era
uma “exposição do meu passado”, onde cada árvore representava uma etapa da
minha vida. Confesso que foi delicioso recordar a emoção do meu primeiro amor
naquela árvore onde havia a foto da minha primeira namorada...Lembrei-me da inocência e da pureza
daquele amor que eu tremi tanto para conquistar. Fui andando, quase empurrado
por mão invisível, e percebi que já estava ficando adulto. As árvores já não
eram tão verdes, o tempo já não era tão ensolarado...Mas, mesmo assim tive
prazer em relembrar alguns bons momentos como as formaturas, os amigos do
colégio, professores, a faculdade, o casamento...Na árvore da minha filha eu
chorei de emoção, recordando a alegria do seu nascimeto...Mas na próxima
fileira de árvores li a inscrição: “Aqueles que partiram”
E uma árvore atrás da outra trazia retratos dos meus entes
queridos que faleceram deixando um buraco enorme em minha vida, um toque no
mais profundo sentimento do meu ser, que me arrancou lágrimas emocinadas.
Logo depois, deparei-me com um lamaçal horroroso! Meus pés
afundaram em lama fétida e barrenta...Alé só havia árvores secas e, para minha
surpresa, retratos das pessoas que eu tinha ferido ou magoado por algum motivo...Retratos
que eu não tinha coragem de encarar os olhos, alguns eram pessoas que haviam me
ferido profundamente, pessoas que me enganaram, e no meu entendimento, haviam
me traído...Nem raiva, nem ódio, nem nada, só vergonha eu sentia. Como repara
essas árvores? Como fazê-las renascer? Como acabar com aquelas mágoas?
Para aqueles que eu julgava que me fizeram mal, eu poderia
perdoá-los ali mesmo de todo o meu coração...Mas e aqueles que me queriam mal.
A resposta estava logo abaixo de cada retrato: “Aqui está uma árvore seca na
sua história!Para fazê-la renascer é preciso: O adubo do perdão, a vitamina do
amor, a energia da alegria, o sol da
sinceridade, o húmus da misericórdia!Portanto, dobre os joelhos e ore pedindo
ao Criador de tudo para trazer nova vida a essa árvore”.
Entendi então que, para florescer a árvore da vida,
precisamos retirar os galhos podres da nossa visão mesquinha e fazer amigos por
onde passarmos. Se alguém ficar magoado com nossas atitudes, ou nos magoarmos
som quer que seja...O perdão é a única solução, e para aprender a perdoar, a
oração é o caminho seguro que nos conduz a Jesus que pode nos conceder este
dom!
Caminhe em paz este dia por entre “as árvores” da sua vida.
Tenha um bom dia!
EU, O MENINO E O CACHORRO
Eu só reclamava da vida... Reclamava da noite porque eu não
dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a
alma, reclamava do calor que me atirava ao desânimo.
Para tudo e para todos eu tinha uma resposta, para a
minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha um
"alguém", para tudo uma reclamação. Eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não
enxergava. Para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema,
das pessoas, do mundo, eu sempre fui
traído, enganado, sofrido...
Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da
vida, seja de noite, seja de dia.
Até que um dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu
uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo,
quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força.
quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força.
No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que
estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha
mão e me fez chegar perto do cachorro. Ele olhava para mim e depois para o cachorro,
e falou numa voz que eu não consigo esquecer: - Moço sara ele pra mim! É o meu
melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não agüentei e
chorei...Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta
que estava fechada há muito tempo dentro de mim, se abrisse
escancaradamente. O menino não
entendeu o meu choro e perguntou: - Ele vai morrer moço? É grave assim?
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito
cuidado. Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali. Tratei daquele
cachorro como se fosse um filho e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando e
cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do
cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um
sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado.
Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a
minha vida, transformou esse ser.
Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca
feridas, renova, traz esperança. E esperança é o nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e
janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece
por cada coisa tão pequena.
Os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas
que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e
dedicação
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer...Sou grato
a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais
a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com
o amor.
(Paulo Roberto Gaefke)
O PORTA-RETRATO
Um jovem, observando a mesa de sua querida avó, teve uma
ideia. Resolveu dar-lhe um lindo e caro vaso para decorar a mesa, pois a
decoração era bem antiga e sua avó merecia este presente. Às vezes o jovem se
incomodava com tantas fotos espalhadas
pela casa.
Decidiu retirar todos os porta-retratos da mesa, colocou-os
numa gaveta e colocou o belo vaso para fazer-lhe uma surpresa. Quando sua avó
chegou em casa, ele ficou olhando de longe a reação dela.
A senhora olhou, admirou o belo vaso, tocou-o, mas uma
lágrima correu dos seus olhos.
O jovem sem entender, perguntou-lhe:
“ E então vó, gostou do presente? Sua mesa estava precisando de uma decoração
nova, espero que goste, é um presente meu.” - Ela então respondeu:
Gostei sim, meu querido, mas onde estão meus porta-retratos?
“Estão guardados na gaveta, faz anos que a senhora os têm, é
bom mudar de vez em quando, eram muito antigos, sem contar que este vaso custou
uma fortuna.” – respondeu o rapaz.
Por um instante a senhora ficou pensativa e disse: “Entendo
o seu gesto, mas onde está aquele sorriso que
vejo todos os dias na sua foto de criança? E aquela felicidade estampada no seu rosto
no dia da sua formatura?
E o dia do meu casamento então, quantos anos já se passaram,
mas a foto me traz viva a lembrança deste dia inesquecível, principalmente
porque seu avô já partiu.”
“Sabe, meu querido neto, tenho vivido todos esses anos
acumulando emoções boas e ruins, mas as boas faço questão de guardá-las e
resgatá-las a cada dia, olhando minhas fotos.
E sinto-me satisfeita porque tive histórias que estão
registradas e são muito importantes para mim.
Observe uma casa que não têm porta-retratos, a decoração
pode ser linda, mas é um lar sem memória, sem vida, sem emoções para recordar e
partilhar com os outros...E cada momento é único, nunca mais se repetirá.”
Ela então, enxugando suas lágrimas disse:
“ Tudo bem, meu querido, o seu presente é muito bonito,
então vamos fazer o seguinte – ajeitarei meus porta-retratos de modo a sobrar
um espaço para colocar este belo vaso e ainda colocarei flores para embelezá-lo
ainda mais,,desta forma honrarei o seu presente sem apagar minhas boas
lembranças, e assim a mesa ficará completa, o que acha?”
O rapaz muito envergonhado disse:“Desculpe, mas acho que
sua mesa ainda não está completa, falta
uma foto – a nossa foto!
Isso mesmo, faço questão de providenciar agora mesmo, quero que a senhora coloque-a na
mesa como lembrança deste belo exemplo que me deu hoje.
A pessoa que não valoriza os bons momentos vividos com pessoas amadas, não pode
ser feliz no futuro. Vou agora mesmo comprar-lhe mais um presente...
O nosso
porta-retrato!
NETOS
Netos são como heranças, você os ganha sem merecer, sem
ter feito nada para isso. De repente, lhe caem do céu... O neto é, realmente, o sangue do seu sangue, filho do
filho,
mais filho do que filho, mesmo... “Os netos são filhos
com açúcar”
Cinqüenta anos, cinqüenta e cinco... Você sente,
obscuramente, que o tempo passou mais depressa do que esperava.
Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem
suas alegrias, as suas compensações. Todos dizem isso,
embora você, pessoalmente, ainda não as tenha
descoberto, mas acredita.
Todavia, também obscuramente, sente que, às vezes, lhe
dá aquela nostalgia da mocidade.
Do tumulto da presença infantil ao seu redor.
Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os
filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge,
emprego, apartamento e prestações, você não encontra
de modo algum as suas crianças perdidas.
Sem dores, sem choros.Aquela criancinha da qual você
morria de saudades, chega. Símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela
criancinha, longe de ser um estranho, é um Filho seu que lhe é devolvido.
E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito
de o amar com extravagância...Ao contrário, causaria espanto, decepção, se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se
acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá netos para nos
compensar de todas as perdas trazidas pela velhice.
São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. É quando vai
embalar o menino e ele, tonto de sono, abre o olho e diz:
"Vó ", que seu coração estala de felicidade,
como pão no forno!
(Rachel de Queiroz)
A CADEIRA
O sacerdote foi chamado para orar por um homem muito
enfermo. Quando o sacerdote entrou no quarto, encontrou o pobre homem na cama
com a cabeça apoiada num par de almofadas. Havia uma cadeira ao lado da cama,
fato que levou o sacerdote a pensar que o homem estava aguardando a sua
chegada.
- Suponho que estava me esperando?- disse o sacerdote.
- Não, quem é você? - respondeu o homem enfermo.
- Sou o sacerdote que a sua filha chamou para orar por
você; quando entrei e vi a cadeira vazia ao lado da sua cama, imaginei que você
soubesse que eu viria visitá-lo.
- Ah sim, a cadeira!Entre e feche a porta.
Então o homem enfermo lhe disse: - Nunca contei para
ninguém, mas passei toda a minha vida sem ter aprendido orar, não sabia direito
como se deve orar, e nunca dei muita importância para a oração, pensava que
Deus estava muito distante de mim,assim sendo, há muito tempo abandonei por completo
a idéia
de falar com Deus, até que um amigo me disse: “José, orar é muito simples, orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer...Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: - “Eu estarei sempre com vocês”. - Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora.
de falar com Deus, até que um amigo me disse: “José, orar é muito simples, orar é conversar com Jesus, e isto eu sugiro que você nunca deixe de fazer...Você se senta numa cadeira e coloca outra cadeira vazia na sua frente. Em seguida, com muita fé, você imagina que Jesus está sentado ali, bem diante de você. Afinal Jesus mesmo disse: - “Eu estarei sempre com vocês”. - Portanto, você pode falar com Ele e escutá-lo, da mesma maneira como está fazendo comigo agora.
- Pois assim eu procedi e me adaptei à idéia. Desde
então, tenho conversado com Jesus durante umas duas horas diárias. Tenho sempre
muito cuidado para que a minha filha não me veja... Pois me internaria num
manicômio imediatamente.
O sacerdote sentiu uma grande emoção ao ouvir aquilo,
e disse a José que era muito bom o que estava fazendo e que não deixasse nunca
de fazê-lo. Em seguida orou com ele e foi embora.
Dois dias mais tarde, a filha de José comunicou ao
sacerdote que seu pai havia falecido.
O sacerdote então perguntou: - Ele faleceu em paz?
- Sim, quando eu estava me preparando para sair, ele
me chamou ao seu quarto.
Ele disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando
eu voltei das compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto...Porém
há algo de estranho em relação à sua morte, pois aparentemente, antes de
morrer, chegou perto da cadeira que estava ao lado da cama e encostou a cabeça
nela.Foi assim que eu o encontrei.
Porque será isto? – perguntou a filha.
O sacerdote, profundamente emocionado, enxugou as
lágrimas
e respondeu:
e respondeu:
- Ele partiu nos braços do seu
melhor amigo...
melhor amigo...
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
A MARCA (Nunca
substime a marca que você deixa nas pessoas)
“Eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar
também”
Quando eu era
criança, bem novinha, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança.
Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da
sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo
fascinado enquanto minha mãe falava com alguém. Então, um dia eu descobri que
dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era
"Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse.
"Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de
telefone e até a hora certa. Minha primeira experiência pessoal com esse gênio
na garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu
estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com
um martelo.A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez
que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.Eu andava pela
casa, chupando o dedo dolorido até que pensei:
-
O telefone!
Rapidamente fui
até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente à cômoda da sala.
Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido. Alguém
atendeu e eu disse:
-
"Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou
três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
-
"Informações.“
-
"Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram
facilmente, agora que eu tinha audiência.
-
"A sua mãe não está em casa?", ela perguntou.
- "Não tem
ninguém aqui...", eu soluçava. "Está sangrando?"
- "Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
- "Não", respondi. "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
-
"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou. Eu
respondi que sim.
- "Então
pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com
as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Filadélfia. Ela me
ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo
que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas.
Então, um dia,
Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para "Uma informação, por
favor" e contei o ocorrido. Ela escutou e começou a falar aquelas
coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava
inconsolável. Eu perguntava: "Por que é que os passarinhos cantam
tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como
um monte de penas no fundo de uma gaiola?"
Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou
mansamente: "Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente
pode cantar também..." De alguma maneira, depois disso eu me senti
melhor.
No outro dia, lá
estava eu de novo. "Informações.", disse a voz já tão familiar.
"Você sabe como se escreve 'exceção'?" Tudo isso aconteceu na minha
cidade natal ao norte do Pacifico.
Quando eu tinha 9
anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga.
"Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho
telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho
telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu
crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória.
Freqüentemente,em momentos de duvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o
sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.Hoje eu entendo como
ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações
de um menininho. Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu
avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os
dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15
minutos. Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o
número da operadora daquela minha cidade natal e pedi:- "Uma informação,
por favor."
Como num milagre,
eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo:
"Informações." Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando:
"Você sabe como se escreve 'exceção'?" Houve uma longa pausa. Então,
veio uma resposta suave: "Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul."
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse. "Você não imagina como
era importante para mim naquele tempo."
- "Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse."
- "Eu imagino", ela disse. "E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse."
Eu contei para
ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la
quando fosse encontrar a minha irmã.
- "É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a Sally.“
- "É claro!", ela respondeu. "Venha até aqui e chame a Sally.“
Três meses depois
eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente
respondeu: "Informações." Eu pedi para chamar a Sally.
-
"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
- "Sou, um
velho amigo. O meu nome é Paul."
-
"Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas
meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas.“
Antes que eu
pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?
- "Sim.“
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?
- "Sim.“
- "A Sally
deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você
ligasse. Eu vou ler pra você."
A mensagem dizia:
"Diga à ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente
pode cantar também. Ele vai entender."
Eu agradeci e desliguei. Eu entendi...
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
A BRONCA DO DIA – A Volta
ao Trabalho
Cansado de ficar em casa aposentado e correndo do aspirador da
dona Lélia...Volto a trabalhar e acordar as 06h00,e ao invés de ficar de
bermudão, regata e chinelão morgando em frente ao computador, volto a usar
meias, sapatos, camisa social, gravata, terno, pasta, notebook, celular, e,
começar tudo de novo.
Entro no elevador, e encaro pessoas com hálito de jejum, carbureto
e de cuspe, abaixo a cabeça e finjo que estou lendo e-mails no celular...No térreo
me perguntam:
- Pra onde você vai?
- Para Pinheiros.
- Ah que bom, é nosso caminho, você dá carona?
- Bem, é que tenho que passar no Ipiranga antes.
- Não tem problema, nós vamos ficando no caminho.
- É que antes ainda, vou passar no supermercado.
- A gente te espera!
- *x#!$%.>&.*#$@:
E assim lá vou eu cheirando carbureto e ouvindo fofocas o tempo
todo, aqui desce um, paro lá, desce outro, o último a descer pergunta...Você
sempre sai neste horário?
Não! Hoje foi uma exceção, e penso “folgadinho de merda!”.
Começa o martírio, caio no fluxo de trânsito, um baita calor,
fecho os vidros com medo de assaltantes, começo a suar, motociclista xingando,
poluição, semáforo pifado, buzinas, chuva, horário para chegar, patrão burro
enchendo o saco o cara me contratou para eu derrubar os custos e organizar sua
empresa...Tudo que seus funcionários já mostraram para ele, mil vezes, e que
ele nunca deu importância ou arquivou as sugestões dos mesmos por arrogância ou
prepotência (uma anta!).
Almoço num restaurante "pé sujo", por falta de opção,
cardápio: Picadão de restos de carnes que sobraram durante a semana, ovo frito,
salada, pão, banana e suco, traço primeiro a salada senão os bichos comem tudo.
16h00, começo a suar frio, sonolência, os olhos pesados de repente
rroaaa...rroonn, contorções intestinais
(o picadão caiu mal) seguidas de gases pútricos.
As horas não passam, chega o final do expediente, começa tudo de
novo, só que pior, o trânsito triplicou, está chovendo e tem acidente na pista,
meu carro dá superaquecimento e pifa! Ninguém me deixa encostar e não me ajudam
a empurrar o carro, além, de ficarem buzinando e falando gracinhas, e a chuva
caindo e aquelas contorções intestinais aumentando, e os gases?Tenho que deixar
os vidros abertos (eu também não agüento a catinga!) a chuva me ensopa (mais eu
prefiro a chuva!).
Finalmente chego em casa, o elevador demora uma eternidade (alguém
batendo papo ficou segurando a merda da porta do elevador, pode!), chego em casa, a Lolla
pula nas minhas pernas, me arranha, late, rola no chão, entro apressado e vou
para o banheiro, depois de aliviado, tomo um banho, e vou deitar, estou moído
não consigo dormir, me dói a cabeça (o picadão atacou o fígado).
Levanto, tomo um sal de fruta e vou para a sala, na TV esta
passando Otavio Mesquita entrevistando um engraxate (Bosta! Esses
apresentadores além de antipáticos não tem criatividade) mudo o canal e caiu no
seriado Japonês “O Dragão e a Minhoca Paralítica” (Merda!) tento uma última vez,
aparece um Pastor gritando como um bezerro, suando e pulando pedindo dízimos para
o fiel conseguir tirar o nome do SPC, casa própria, curar impotência, espantar
o capeta, rejuvenescer, curar câncer e outras mentiras (Vade Reto!).
Volto pra cama, já passa da 01h30, deito bem silencioso pra não
acordar a esposa, a Lolla deita nos meus pés e começa a lambê-los, viro pro
outro lado, quando estou quase dormindo um motoqueiro passa com o escapamento
da moto aberto! Pulo assustado,
viro pra cá, viro pra lá, começo a entrar em estado alfa, o sono
vem vindo tomando agradavelmente meu ser, relaxo mais ainda...Começo a dormir,
penso nos acontecimentos do dia, os sons estão sumindo, meus olhos estão
pesados...de repente sinto um direto no fígado dolorido, levo um bruta susto,
dou um berro de dor:
- Qué, qué isso? Minha esposa responde:
- Você estava roncando e eu não conseguia dormir!
Olho no relógio 03h45 penso “tenho que acordar as 06h00, cacete!
Que vida!
É...Acho que vou voltar para a vidinha de aposentado em casa, correndo do aspirador de pó!
Quando estava terminando de escrever esta crônica, minha mulher me
chama:
- Benhêê!
- Oi!
- Venha ver o que comprei!
Penso “ Lá vem chumbo grosso! Será que ela não sabe que aposentado não
pode comprar nada, só ganhar?”. Vou apreensivo até a sala, no chão tem uma
enorme caixa de papelão, começa a me dar caganeira!
- O que é isso?
Ela abre a caixa e me mostra, duas latas de tinta de 20 litros cada, um
pincel, um rolo e um recipiente para misturar tinta.
- Para quê isso???
Para pintar o apto. achei
uma oferta boa, só R$.340,00! Penso “Ai...ai...R$ 340,00 somando com a mão-de-obra do pintor” exclamo:
- Isso vai ficar caro!!!
- Vai não benhêê!
- Como assim?
- Você é quem vai pintar o apartamento!
- Ninguém merece!!! *x#!$%.>&.*#$@!!
Resolvi! vou para um asilo! E ponto final!
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Feliz Ano Novo!
Que 2014 traga muito dinheiro, paz, sorte, saúde, para todos nós e nossos
familiares, parentes, amigos e outros queridos.
Ano Novo, Vida Nova, Otimismo, Renovação, Mudanças... Em 2014 tudo vai dar certo, vamos ser felizes, teremos sorte, saúde e prosperidade, seremos alegres e felizes, é só mentalizarmos e fazermos coisas boas para nós e para nossos irmãos necessitados, ter fé...Confiar na bondade de Deus!
Ano Novo, Vida Nova, Otimismo, Renovação, Mudanças... Em 2014 tudo vai dar certo, vamos ser felizes, teremos sorte, saúde e prosperidade, seremos alegres e felizes, é só mentalizarmos e fazermos coisas boas para nós e para nossos irmãos necessitados, ter fé...Confiar na bondade de Deus!
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
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